NOTA DE ESCLARECIMENTO

Diante da invasão e depredação de empreendimentos rurais no município de Correntina, no oeste baiano, ocorrido na quinta-feira (2), a Associação dos Irrigantes do Estado de Goiás (Irrigo) vem a público repudiar os atos de vandalismo, que resultaram na destruição do patrimônio dos agricultores da região. A Irrigo defende que todo cidadão tenha liberdade de manifestação em defesa de seus interesses de forma pacífica, sem que isso comprometa o patrimônio de terceiros.

Certos que a manifestação em Correntina não foi pautada por qualquer embasamento técnico-científico, uma vez que os participantes atribuem o baixo volume dos rios, exclusivamente, aos pivôs utilizados na irrigação das lavouras, desconsiderando estudos recentes sobre a disponibilidade hídrica da região, fatores climáticos e o próprio ciclo da natureza, a Irrigo acredita que este é o momento para que os governos municipal, estadual e federal se posicionem para uma ação efetiva diante da escassez hídrica no Brasil. É certo que falta planejamento para que momentos de escassez hídrica como este não gerem crises e disputas entre os setores que dependem dos recursos hídricos para funcionamento.

Como representante do setor da agricultura irrigada em Goiás, a Irrigo reafirma o compromisso do produtor rural com a sociedade, seja na garantia de oferta de alimentos, seja na geração de empregos, bem como, exercendo seu papel fundamental em defesa do meio ambiente, conforme demonstrou os cálculos do Grupo de Inteligência Territorial Estratégica (Gite) da Embrapa. O levantamento aponta que, no final de 2016, mais de 170 milhões de hectares de vegetação nativa estavam preservados pelos agricultores dentro dos imóveis rurais.

É importante frisar que sem irrigação não há alimentos suficientes para atender a crescente demanda existente no País, e que o agronegócio está em todo o nosso cotidiano. Desde o pãozinho com café, passando pelo nosso vestuário, e também pelo combustível que assegura o vai e vem de pessoas e produtos, até cerveja do final de semana. O irrigante, assim como tantos outros profissionais, é mais um lutador que trabalha de sol a sol para garantir que a cadeia da vida não pare por falta de matéria-prima. Desempenham suas atividades dentro da lei e são acompanhados pelos órgãos fiscalizadores, que diante de qualquer irregularidade praticada são penalizados. Investem constantemente em tecnologia para cada vez mais tornar sua produção eficiente e sustentável, garantindo que o nosso insumo mais precioso – a água – seja preservado.

Por fim, a Irrigo reitera que os agricultores compõem o setor que mais preserva os recursos hídricos, bem como com todo o meio ambiente, não só porque dele tiram o seu sustento, mas porque também se preocupam com a qualidade de vida dos que aqui vivem hoje e das outras gerações que virão.

Associação dos Irrigantes do Estado de Goiás

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