Na contramão dos outros setores, o agropecuário foi o único segmento a fechar o ano com crescimento de 0,6%. O recuo reflete os desempenhos negativos da indústria (-3,7%) e dos serviços (-2,9%). Os dados foram divulgados na manhã desta quinta-feira (23) pelo Instituto Mauro Borges (IMB/Segplan).
O resultado positivo do setor agropecuário pode ser explicado pelo desempenho de alguns produtos que, segundo estimativa do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA/IBGE), aumentam a produção, na qual se destacam: soja (18,9%), feijão (19,3%) e tomate (7,2%).
Por outro lado houve queda na produção de grãos (-13,5), devido a problemas climáticos. O regime de chuvas foi favorável no início do ano, o que de certa maneira beneficiou a produção de soja, que é finalizada no 1º trimestre. Entretanto, nos meses seguintes houve longo período de estiagem prejudicando culturas importantes, caso do milho que teve queda na produção de 39,6%.
A pecuária recuou 0,7% no 4º trimestre, e no acumulado do ano de 2016 houve retração de 0,8%. O resultado foi influenciado pelo aumento nos custos de produção, devido ao longo período de estiagem ocorrido durante ano.
A estimativa preliminar do IMB/Segplan aponta que os valores correntes do PIB de Goiás chegaram a R$ 178,9 bilhões em 2016. Para 2017, a perspectiva é de um cenário mais favorável, com a alta nos preços das commodities, a recuperação da produção agrícola e industrial e o crescimento das exportações e geração de novos postos de trabalho. A expectativa da Conab é de que o Produto Interno Bruto (PIB) agrícola e pecuário brasileiro cresça 3,61%.
A Conab também projetou o faturamento bruto da safra 2016/2017 nesse levantamento de janeiro. A expectativa do órgão é de que seja gerada uma receita de R$ 193,3 bilhões – valor 21,2% maior que o registrado na safra anterior.
Confira aqui o relatório completo do Instituto Mauro Borges – Segplan.