As lavouras de milho de sequeiro de Cristalina, em Goiás, acumulam 17 dias sem chuvas, segundo o presidente do Sindicato Rural do Município, Alécio Maróstica. O cereal plantado sem irrigação representa em torno de 60% do total de áreas de milho do Município, e não há perspectiva de bons volumes de chuvas para os próximos 10 dias.
“Se chovesse agora, com 17 dias de estiagem, esse milho conseguiria ter ainda uma recuperação para um bom desenvolvimento. Mas se ficar 27 dias sem água, a produtividade pode cair, saindo de uma média de 100 sacas por hectare, que é o comum por aqui, para 50 a 60 sacas por hectare”, disse.
Boa parte do milho nas áreas não irrigadas estão em fase de pendoamento ou enchimento de grãos, etapa em que a chuva é crucial para definir a produtividade das lavouras. Os 40% de áreas em sistema de irrigação sevem seguir com média de produtividade de 160 sacas por hectare.
Além da estiagem, Maróstica demonstra também a preocupação com ataques da cigarrinha do milho que, de acordo com ele, atinge mais as lavouras quando o cereal está em fase de pendoamento.
“O custo desta safrinha já está alto, e a preocupação agora é, se houver essas perdas, que o produtor não consiga sequer ‘empatar’ os ganhos com os custos”, lamentou.
Texto: Letícia Guimarães, do Notícias Agrícolas