AgroBrasília 2018: tecnologia em favor do campo

Texto e fotos: Luiz Carlos Cenci

Edição: Thalita Braga

A AgroBrasília, mais uma vez, inovou na escolha do tema para a 11ª edição da Feira, que, desde 2007, na sua primeira edição, abre espaço para oportunidades de negócios, acesso à inovação e conhecimento, além de tecnologias de ponta em prol do produtor rural. Em 2018, a Feira Internacional dos Cerrados teve como tema “A tecnologia digital em favor do campo”, e mostrou como as inovações tecnológicas no meio rural podem trazer desenvolvimento e rentabilidade ao agricultor. Segundo Leomar Cenci, presidente da Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (Coopa-DF), realizadora da AgroBrasília, a produção rural é inviável sem técnicas modernas. “A tecnologia, para nós do campo é fundamental. Investimos pesado para alcançar altos índices de produtividade”, destacou.


O coordenador-geral da AgroBrasília, Ronaldo Triacca, também falou sobre a escolha do tema para a Feira nesse ano. Segundo ele, o produtor precisa acompanhar essa onda de tecnologias digitais para não ficar para trás, pois isso é uma tendência no agronegócio como um todo. São ferramentas de enorme importância para ajudar nas tomadas de decisões, tanto para o uso de produtos, aplicações e investimentos. “É uma nova tendência e o agronegócio terá com certeza uma revolução tecnológica daqui para frente com essa onda de startup, de drones e toda essa tecnologia digital disponível hoje para o homem do campo”, ressaltou.


Participaram desta edição 440 expositores, que apresentaram inovações para segmentos como máquinas, insumos, implementos agrícolas, sementes e pesquisas em genética vegetal e animal. Além disso, a edição contou com o fortalecimento da presença de organismos internacionais, entre visitantes e expositores, com intuito de ampliar a troca de experiências, conhecimentos e negócios. “As empresas sempre trazem algumas variedades de ponta de soja, milho e sorgo, por exemplo, e que são lançadas e mostradas na Feira. Também tivemos novidades em equipamentos e implementos, como tratores, veículos, caminhões e diversas novidades tecnológicas”, destacou Triacca.


Fórum das Águas destaca fruticultura irrigada

A AgroBrasília também foi palco de debates importantes para o setor, como a permanência no campo e sucessão rural, avanços na qualidade de produção e melhores condições de vida nas áreas rurais. Em 2018, a Feira realizou debates sobre novas atividades para a região, e uma tendência que está virando cada vez mais realidade, que é a fruticultura irrigada.


Triacca explicou que a fruticultura sempre teve uma grande aptidão aqui na região, mas ficou meio paralisada no tempo, e agora está voltando com muita força junto com algumas culturas de clima temperado. O Fórum abordou temas atuais e interessantes para o produtor que está querendo diversificar a sua produção. “Isso é uma quebra de paradigmas, porque alguns anos atrás não se pensava que fosse possível. Então, diante disso, nós optamos dentro do Fórum das Águas, que já é um fórum tradicional que trata do tema água, também falar da fruticultura irrigada. Atividades como maçã, caqui, uva, entre outras culturas, são bem interessantes e rentáveis para o produtor, além de ser mais sustentáveis. Comparativamente às culturas de cereais, por exemplo, utiliza-se menos água e com alto valor agregado. A nossa região é muito diferenciada, eu considero a mais diversificada do mundo e devido a isso o agronegócio é muito dinâmico aqui, então, a cada momento há quebra de paradigmas, novidades e uma cultura nova sendo implantada”, afirmou Triacca.

Revista Irrigo

Pelo segundo ano consecutivo a Royal Branding levou para o parque de exposições da AgroBrasília a Revista Irrigo, responsáveis por sua produção e edição. Além de dar voz para associados e representante do setor de agricultura irrigada de Goiás, o veículo é hoje um canal de comunicação direto com o produtor rural. O presidente da Associação dos Irrigantes de Goiás, Luiz Carlos Figueiredo, destacou a relevância do trabalho de divulgação das ações do produtor rural em prol do meio ambiente e da luta do setor por melhores condições de produção e comercialização da safra. “Hoje o produtor é antes de tudo um lutador. Enfrentamos cada vez mais obstáculos para produzir, desde os altos custos com insumo, equipamentos, mão de obra, até os altos índices de violência no campo e péssimas condições das estradas para escoamento da safra. A população precisa saber que para o alimento chegar até a sua mesa, houve muito trabalho e comprometimento com a nossa decisão de alimentar o país”, ressalta Figueiredo.

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