O Grupo Técnico Feijão (GTec), em parceria com a Embrapa, realizou nesta quarta-feira, 26, Dia de Campo na Fazenda Pontinha, em Cristalina (GO). O evento reuniu produtores de várias regiões do Estado, consultores do GTec e pesquisadores da Embrapa Arroz e Feijão que, na ocasião, lançaram a cultivar BRS FC104, que chega no mercado com o diferencial de ciclo de produção de apenas 65 dias. Segundo o presidente do GTec, Helio Dal Bello, o BRS104 chega ao mercado no próximo ano oferecendo ao produtor um cultivo com menos tempo de produção e com produtividade de 3,5 mil quilos por hectare. “Com o ciclo de apenas 65 dias o BRS FC104 vai permitir que o produtor tenha mais liberdade na hora de planejar o plantio, respeitando o período de janela do feijão”, assegura Hélio.
Produtor rural e proprietário da Fazenda Pontinha, Martinho Roberto Mileto, iniciou sua produção em Cristalina, na década de 80, e hoje cultiva uma área de 330 ha de feijão em sistema de empresa familiar. Ele conta que implantou o sistema de pivô central no ano de 99 e de lá pra cá viu a produção aumentar, mas para isso investiu também em manejo de solo. “Se o agricultor não tiver consciência da necessidade de fazer um bom manejo de solo chegará um momento que ele não não vai conseguir produzir mais nem capim. Antigamente se plantava milho e feijão, hoje já sabemos que é preciso fazer rotação se quisermos continuar na atividade produzindo feijão”.
Minetto destaca o trabalho do GTec, que há dois anos, desenvolve práticas de produção na propriedade do agricultor. “Com o GTec percebemos que é preciso trabalhar o perfil de solo, na nossa propriedade temos oito pivôs centrais, nos melhores plantamos feijão, e alternamos com o plantio de trigo, milho semente e forrageiras, que garantem esse preparo do solo para receber o feijão”, conta. A produtividade por hectare chega a 60 sacas, mas o agricultor reclama do mercado. “O preço do feijão está péssimo. No ano passado a média de preço era R$ 329/saca, este ano estamos no início da colheita e estão nos oferecendo R$ 120/saca, os custos não baixaram, pelo contrário, a energia elétrica dobrou de dois anos para cá, é uma diferença muito grande de receita, não dá para apostar em uma única cultura”, diz.
Vice-presidente do GTec Feijão e diretor técnico da Irrigo, Renato Caetano, destacou que o GTec atua há 16 anos para oferecer ao produtor um ambiente mais apto para produção do feijão. “Durante o Dia de Campo foi apresentado tudo o que é importante para se produzir feijão, a parte biológica, fertilidade, equilíbrio do solo, plantas de cobertura, com consequência de tudo isso é melhorar a produtividade e rentabilidade do produtor”, afirma. Alécio Maróstica, diretor executivo da Irrigo, também esteve presente e parabenizou Gtec Feijão, Embrapa e família Minetto pelo sucesso do Dia de Campo.
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